Trilho da Misarela
A 22 de Janeiro convidamos para partir á descoberta das Historias e Lendas da Misarela, por entre fraguedos e vegetação exuberante, por entre bosques de carvalhos e sobreiros, por entre aldeias que ainda mantêm parte da sua arquitetura tradicional, trilhos que rasgam as encostas dos montes permitindo-nos fantásticas vistas sobre o vale do Rio Cávado, ladeando muros de pedra solta que delimitam mosaicos de paisagens rurais e por calçadas medievais até chegarmos ao ponto alto deste percurso, a Ponte da Misarela (ou do Diabo).
Ponte da Misarela (ponte do diabo) localiza-se sobre o rio Rabagão, a cerca de um quilómetro da sua foz no rio Cávado, na freguesia de Ruivães, concelho de Vieira do Minho, distrito de Braga, em Portugal. Liga as freguesias de Ruivães à de Ferral, no concelho de Montalegre. Está implantada no fundo de um desfiladeiro escarpado, assente sobre os penedos e com alguma altitude em relação ao leito do rio, sendo sustentada por um único arco com cerca de 13 metros de vão. Foi erguida na Idade Média e reconstruída no início do século XIX.
Segundo a lenda local, esta ponte foi construída pelo próprio Diabo: Havia um mau homem em terras de Além Douro, a quem a justiça encarniçadamente perseguia por vários crimes e que sempre escapava, como conhecedor que era dos esconderijos proporcionados pela natureza.
Apertado, porém, muito de perto, embrenhou-se um dia no sertão e, transviado, achou-se de repente à borda de uma ribeira torrencial, em sítio alpestre e medonho, pelo alcantilado dos penedos e pelo fragor das águas que ali se despenhavam em furiosa catadupa.
Apelou o malvado para o Anjo-Mau e tanto foi invocá-lo que o Diabo lhe apareceu. ‘Faz-me transpor o abismo e dou-te a minha alma’, disse-lhe. O Diabo aceitou o pacto e lançou uma ponte sobre a torrente.
O réprobo passou e seguiu sem olhar para trás como lhe fora exigido, mas pouco depois sentiu grande estrépito, como de muitas pedras que se derrocavam, e ninguém mais ouviu falar da improvisada ponte.
Os anos volveram e, enfim, chegou a hora do passamento. Moribundo e arrependido, confessou ao sacerdote o seu pacto. Este foi ao sítio da ponte e tratou igual pacto com o Diabo.
A ponte reapareceu e o sacerdote passou, mas tirando rápido, um ramo de alecrim, molhou-o na caldeirinha que levava oculta, três vezes aspergiu, fazendo o sinal da cruz e pronunciando as palavras sacramentais dos exorcismos.
O mesmo foi fazê-lo que sumir-se o Demónio, deixando o ar cheio de um vapor acre e espesso, de pez e resina, de envolta com cheiro sufocante de enxofre, ficando de pé a ponte.
A ponte ficou então com um carácter sagrado, e ainda hoje se diz que se algo vai mal numa gravidez, deve a mulher pernoitar debaixo da ponte, e a primeira pessoa que pela manhã passar pela ponte deverá ser o padrinho ou madrinha da criança, que deverá receber o nome de Gervásio ou Senhorinha. De facto, regularmente vários Gervásios e Senhorinhas aqui se reúnem desde há tempos remotos, para celebrar esta lenda, que talvez lhes tenha salvo a vida!
Há quem diga que a Ponte é também apelidada de “Ponte do Diabo” ou “do inferno” por “lembrar apenas ao diabo” uma construção a esta altura e com estas configurações.
A ponte da Misarela não deve ser conhecida apenas pela sua lenda nem por ser um sítio de beleza admirável ou simples cartaz turístico. É um local histórico que nos honra como povo amante da liberdade e cioso do seu sagrado chão. As numerosas forças napoleónicas foram aqui acossadas, na muito tempestuosa noite de dezasseis de Maio de 1809, às mãos de 800 paisanos barrosões, que esperaram em vão a chegada de reforços, porque as tropas anglo — portuguesas de Wellesley nunca chegaram.
A ponte deve também ser recordada porque lá se deu, em 25 de Janeiro de 1827, um recontro importante entre as tropas realistas do general Silveira e as tropas constitucionais do coronel Zagalo. Ainda na Mizarela, no dia 18 de Setembro de 1838, se feriu a cruenta batalha em que os liberais, liderados pelo General Antas, derrotaram as tropas cartistas do marechal Saldanha, do duque da Terceira e do barão de Leiria.
Paisagistico |
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Início
22 de Janeiro de 2022 - 07:00
Fim
22 de Janeiro de 2022 - 19:00
Programa |
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Para Efectuar a inscrição deve proceder ao Preenchimento do formulário.
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Ponto de Encontro |
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Braga/Porto/Santo Tirso |
Percurso |
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Trilhos do Diabo: Entre Cávado e Rabagão
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Deve levar |
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Comunicado Oportunamente aos Inscritos |
Preço inclui |
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-Transporte conforme Itinerário e local de entrada escolhido.
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Preço nao inclui |
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- Outras despesas não especificadas no item anterior. |
Ponto de Partida | Preço |
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Porto, Praça Velasques | 26€/Por Pessoa |
Ponto de Partida | Preço |
Santo Tirso, local exato comunicado aos participantes. | 26€/Por Pessoa |
Ponto de Partida | Preço |
Braga, Eleclerc Ferreiros | 26€/Por Pessoa |
Ponto de Partida | Preço |
Lugar de Sidrós, Ruivães (Viatura Própria). | 10.5€/Por Pessoa |
Inscrições encerradas!
Equipa