Belver: Pelas Arribas do Tejo e Museu do sabão
A 11 de Outubro partimos à descoberta dos Encantos de Belver, um percurso pedestre que nos leva pelas Arribas do Tejo, pela Praia Fluvial e passadiço do Alamal e pela Historia e costumes desta Vila Acastelada debruçada sobre o Tejo.
"Belver era Guidintesta
não há igual a esta
Num cantinho cheio de amor
as casas todas branquinhas
Fazem lembrar capelinhas
Onde se reza ao senhor…"
Marcha de apresentação do Rancho Folclórico
e etnográfico de Belver (extracto)
O verso singelo acima transcrito serve de intróito para vos falar de uma terra secular, de paisagens magníficas e com um património artístico e natural não tão conhecido como seria justo.
Belver é uma vila acastelada, debruçada sobre o Tejo, terra de olivais e vinhas em socalco. Plantada em solo beirão, mas "namorando" o Alentejo a que está ligada por uma ponte rodoviária sobre o rio, construída em 1905.A história de Belver está inegavelmente ligada à conquista do território, razão pela qual ali se construiu um castelo com torre de menagem. Na povoação, as casas de dois andares alinham-se pelas ruas num branco imaculado, ou não estivéssemos no Alentejo, sinuosas e inclinadas com calçadas seixosas, numa atmosfera medieval mourisca.
Havia, em 1194, uma região entre o rio Zêzere e o rio Tejo, denominada Guidintesta, doada ao prior da Ordem por D. Sancho I, D. Afonso Pais, para ali se construir um castelo. Belver foi uma das principais praças fortes, durante o período da reconquista cristã. A sua localização estratégica prevenia novas incursões para norte, quando o Tejo era espaço de fronteira entre Cristãos e Muçulmanos.
Na construção do castelo foram usadas das mais inovadoras soluções da arquitetura militar da época. O que não é de estranhar face à experiência dos Hospitalários na arte da construção de castelos e fortificações, do Ocidente Europeu à Terra Santa. A segurança desta fortaleza leva D. Sancho I a destinar Belver como um dos locais para o deposito do tesouro real português.
Museu do Sabão:
O que une Beirute, Barcelona, Marselha e Belver? O sabão. Em todo o mundo existem apenas quatro museus dedicados ao sabão e um encontra-se junto às margens do Tejo, na bela vila de Belver.
Os Saboeiros de Belver
Aproveitando a abundância das matérias-primas necessárias para a produção do sabão, a zona do Alto Alentejo, e particularmente a zona de Castelo Branco e concelhos limítrofes, tiveram desde a segunda metade do século XVI, decisiva importância na indústria saboeira nacional.
De tal modo, que as suas saboarias de Sabão Mole e Sabão de Pedra eram sobejamente conhecidas em todo o reino.
A produção de sabão assumiu inegável importância económica e social na vila de Belver. Nesta localidade foi instalada uma Real Fábrica de Sabão, que funcionou em regime de monopólio régio, da qual ainda hoje se encontram vestígios. Uma concessão régia dinamizou economicamente a freguesia de Belver e alguns trabalhadores de saboarias reais, aproveitando os conhecimentos adquiridos e a disponibilidade das principais matérias primas, criaram as suas próprias indústrias artesanais quando este monopólio terminou em 1858. Estas indústrias artesanais ou casas de Sabão Mole, como eram designadas, constituíam-se como pequenas produções de carácter estritamente familiar, passando de geração em geração. Após embalado em sacas próprias de sarja e serapilheira, o sabão era utilizado sobretudo em lavagem de roupas e tecidos. Transportado para fora do concelho por almocreves, que se deslocavam em burros, quando as distâncias eram maiores, o sabão mole era transportado pelo rio Tejo em barcaças. A produção de sabão nestes moldes durou até à primeira metade do século XX, sendo durante várias décadas um elemento estruturante na economia da região de Belver. Dessa produção permanecem hoje somente registos orais dos descendentes dos últimos saboeiros. A recuperação e transformação da antiga escola primária de Belver no Museu do Sabão pretende criar um espaço de divulgação dos conhecimentos adquiridos pelos nossos antepassados e homenagear a memória colectiva dos saboeiros de Belver.
Paisagistico |
---|
Início
11 de Outubro de 2020 - 06:00
Fim
11 de Outubro de 2020 - 22:30
Programa |
---|
Após submeter o Formulário vai receber uma referência multibanco para pagamento (para isso o e mail deve ser preenchido correctamente, caso não receba na caixa de entrada verifique o Spam). Após pagamento da referência multibanco a validação é automática. Até 4 dias antes da data do evento recebe um e mail com informação detalhada e actualizada sobre todo o programa.
|
Ponto de Encontro |
---|
Braga/Barcelos/Porto/Feira |
Percurso |
---|
Belver: Pelas Arribas do Tejo e Museu do sabão
|
Deve levar |
---|
Comunicado Oportunamente aos Participantes |
Preço inclui |
---|
- Transporte a partir do Local Escolhido.
|
Preço nao inclui |
---|
Visita ao Museu do Sabão ( 1,5€)
|
Belver: Pelas Arribas do Tejo e Museu do sabão
Dificuldade | Distância | Duração |
---|---|---|
12 Km |
5h30 |
Ponto de Partida | Preço |
---|---|
Porto, Praça Velasques | 38.5€/Por Pessoa |
Ponto de Partida | Preço |
Barcelos, Senhor da Cruz | 38.5€/Por Pessoa |
Ponto de Partida | Preço |
Braga, Eleclerc Ferreiros | 38.5€/Por Pessoa |
Ponto de Partida | Preço |
Santa Maria da Feira, Junto Pingo Doce | 38.5€/Por Pessoa |
Inscrições encerradas!
Equipa